As palavras proferidas pela atriz Angelina Jolie, embaixadora do Alto Comissariado da ONU para os refugiados (ACNUR), sobre a crise dos refugiados estão a ter enormes repercussões, tudo por causa da Internet.

A última manifestação pública da atriz americana deu-se na última segunda-feira através de uma carta, citada pelo El Pais, e enviada ao jornal britânico The Times, assinada juntamente com a baronesa Arminka Helic. Nela, Angelina pedia “um caminho diplomático que ajude a solucionar o conflito na Síria.” E alertava que o acolhimento de refugiados “não resolverá o problema”.  A publicação desta carta coincidiu com a visita da atriz a ao Reino Unido na qualidade de embaixadora da ACNUR.

Os nossos vizinhos sírios suportaram as piores cargas durante anos, com uma generosidade exemplar, e agora necessitam da nossa assistência. Cada país, e cada governo, necessita de ter um plano claro que aborde as suas obrigações internacionais e que faça um balanço das necessidades dos cidadãos.”

Quase instantaneamente as palavras da atriz começaram a circular pela Internet, gerando não só milhares de partilhas nas redes sociais bem como o ressurgimento do discurso que proferiu na sede das Nações Unidas, no passado mês de abril, a denunciar a situação em que vivem os sírios. Este discurso, que teve lugar antes do movimento massivo de refugiados sírios na Europa, foi transmitido pela CNN e publicado no Youtube. No rescaldo da carta enviado ao The Times, o vídeo começou, outra vez, a ser visto por milhares de pessoas.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Na sua mais recente declaração pública, Angelina Jolie descreve ainda a experiência que a própria viveu, nas inúmeras vezes que visitou os campos de refugiados sírios, e lança um avisa aos países de acolhimento:

Esta não é a primeira crise de refugiados que ocorre e não vai ser a última. Da Europa até à América, os nossos países baseiam-se na tradição de ajuda a refugiados, desde a II Guerra Mundial à crise dos Balcãs nos anos noventa. A forma como atuarmos agora confirmará o tipo de nações que somos, a profundidade da nossa humanidade e a força das nossas democracias.”