No próximo dia 4 de outubro, Ricardo Salgado será escoltado pela polícia até à urna onde depositará o seu boletim de voto. O ex-presidente do Banco Espírito Santo (BES) está em prisão domiciliária há quase dois meses, mas o juiz Carlos Alexandre autorizou-o a sair para votar nas próximas eleições legislativas, escreve, esta terça-feira, o Diário de Notícias.

Embora fonte ligada à defesa do banqueiro não tenha querido adiantar pormenores, esta autorização por parte do juiz só poderá ter sido dada após requerimento por parte do suspeito. O DN acrescenta ainda que, muito provavelmente, o detido terá de ser escoltado por polícias desarmados, pois a lei eleitoral não permite presença de forças armadas num raio de 100 metros das assembleias de voto.

Ricardo Salgado está preso no domicílio por suspeita de crimes de burla qualificada, falsificação de documentos, falsificação informática, branqueamento, fraude fiscal qualificada e corrupção no setor privado.

Também o ex-ministro Armando Vara, arguido da operação Marquês, vai sair de casa e exercer o direito de voto, mas como está em prisão domiciliária com pulseira eletrónica, a vigilância fica a cargo da equipa de vigilância eletrónica da Direção-Geral de Reinserção Social.

José Sócrates está numa situação semelhante à de Ricardo Salgado. Em prisão domiciliária desde o dia 4 de setembro, ainda não se sabe como o ex-primeiro-ministro vai exercer o seu direito de voto. Certo é que para sair de casa para ir às urnas, Sócrates terá de apresentar um requerimento ao juiz de instrução, mas até agora a defesa ainda não tomou nenhuma iniciativa.

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