O Tribunal da Relação de Lisboa decide hoje um recurso de José Sócrates relacionado com o acesso da defesa à parte da prova, que levou o Ministério Público a indiciar o ex-primeiro-ministro por fraude fiscal, branqueamento de capitais e corrupção.

O recurso da defesa de José Sócrates tem como relator o juiz desembargador Rui Rangel, que é coadjuvado por Francisco Caramelo.

Em causa estão os prazos máximos para a conclusão do inquérito da “Operação Marquês” e a pretensão da defesa de ter acesso à prova testemunhal e documental que a investigação terá reunido contra o antigo líder do PS.

Alguns jornais chegaram a admitir que Rui Rangel, que comenta regularmente temas de justiça na comunicação social, poderia pedir pedir escusa deste processo, mas isso não se verificou, tendo o juiz abdicado recentemente de participar no programa “Prós e Contras” da RTP, que deveria abordar o caso Sócrates.

José Sócrates foi detido a 21 de novembro de 2014, no aeroporto de Lisboa, indiciado pelos crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção passiva para ato ilícito”, tendo ficado preso preventivamente na cadeia de Évora. A medida de coação foi alterada para prisão domiciliária com vigilância policial a 4 de setembro.

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