O título da Volkswagen abriu esta quinta-feira a valer 116,60 euros, depois de já ter valorizado 5,19% no dia anterior, após ter acumulado perdas de 35% nos últimos dias, na sequência do escândalo da manipulação de emissões poluentes em veículos a gasóleo.

Às 07h20 (08h20 de Lisboa), as ações foram ganhando 5,19%, para 117,30 euros, puxando o índice ‘blue-chip global DAX30’ em 0,45%.

O presidente executivo da Volkswagen, Martin Winterkorn, pediu a demissão na quarta-feira, assumindo a responsabilidade por um dos maiores escândalos de sempre no setor automóvel. “Estou chocado com os acontecimentos dos últimos dias”, disse Winterkorn num comunicado. “A Volkswagen precisa de um novo começo – como eu em termos de pessoais. Estou a limpar o caminho para um novo começo com a minha demissão”, acrescentou. O seu sucessor deverá ser anunciado na sexta-feira.

O maior fabricante do mundo de automóveis em vendas no primeiro semestre deste ano enfrenta um emaranhado cada vez maior de ameaças legais depois de ter admitido que 11 milhões dos seus carros a diesel em todo o mundo estão equipados com um ‘software’ capaz de enganar os testes oficiais de poluição.

A Agência de Proteção do Meio Ambiente dos Estados Unidos acusou na sexta-feira passada a empresa de falsear o desempenho dos motores em termos de emissões de gases poluentes através de um ‘software’ incorporado no veículo, incorrendo numa multa que pode ir até aos 18 mil milhões de dólares (cerca de 15,9 mil milhões de euros).

No domingo, a Volkswagen reconheceu ter falseado os dados.

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