Cerca de uma centena de trabalhadores portugueses deixam as Lajes, nos Açores, esta sexta-feira, duas semanas depois de um primeiro grupo, de 40 pessoas, ter saído da base militar, no âmbito da redução da presença norte-americana. Até marco de 2016, o número total de trabalhadores portugueses a despedir-se da base — num processo faseado, concretizado quinzenalmente – deve ascender a cerca de 400.

As rescisões por mútuo acordo já terão sido todas assinadas, apesar de a Comissão Representativa dos Trabalhadores (CRT) portugueses não saber ao certo se os 421 trabalhadores a quem foi proposto o acordo aceitaram assiná-lo.

O presidente da CRT, Bruno Nogueira, referiu que, entre os trabalhadores que agora saem, existe um “sentimento agridoce”: “Sentem que é uma oportunidade que tiveram de agarrar, mas se não fossem forçados a fazê-lo, sentiam-se bem, e, na sua maioria, gostaram do seu empregador e, portanto, não têm grandes razões de queixa”.

Entre os que aceitaram deixar a base estão muitos em idade de reforma e outros que, com 45 anos de idade, 15 de descontos e 10 de serviço, têm acesso a uma pensão extraordinária, até que atinjam a idade da reforma.

Atualmente, segundo os trabalhadores, o hospital, a escola e várias habitações, entre outros serviços dentro da base, estão encerrados e o movimento rodoviário é reduzido.

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