Os Estados Unidos anunciaram ter chegado a acordo com a China para que nenhum dos dois países realize ciberataques ao setor privado um do outro para benefício comercial, um dos maiores contenciosos entre os dois países.

“Mencionei mais uma vez a nossa grande preocupação quanto ao aumento de ameaças em matéria de cibersegurança contra empresas e cidadãos norte-americanos”, afirmou o Presidente norte-americano, Barack Obama, numa conferência de imprensa conjunta com o homólogo chinês, Xi Jiping, em Washington.

“Disse que tem de parar”, insistiu Obama, assegurando que “o governo dos Estados Unidos não está envolvido em ciberespionagem para fins comerciais”. Em resposta, o presidente Xi afirmou que “a China opõe-se e combate com firmeza o roubo de segredos comerciais e outro tipo de ataques informáticos”.

“Hoje posso anunciar que os nossos dois países encontraram um terreno comum para avançar. Chegámos a acordo para que nem o governo norte-americano, nem o governo chinês, realizem ou apoiem com conhecimento de causa o roubo informático de propriedade intelectual, nomeadamente segredos comerciais”, disse Obama.

O acordo prevê a criação de um diálogo de alto nível, liderado do lado norte-americano pelo secretário para a Segurança Nacional, Jeh Johnson, e pela secretária de Justiça, Loretta Lynch, e cuja primeira reunião se deverá realizar ainda este ano, repetindo-se semestralmente. Em 2014, o FBI registou um aumento de 53% dos ciberataques provenientes da China contra empresas dos Estados Unidos.

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