“Há muito trabalho que pode ser feito na área da proximidade”, disse à agência Lusa Carlos Barbosa, considerando que os farmacêuticos devem poder “fazer o acompanhamento de doentes crónicos”, bem como contribuir “nos rastreios sistemáticos da população”.

Segundo o bastonário, “os farmacêuticos podem e devem dar mais contributos para o Serviço Nacional de Saúde”, que deve aproveitar “a capacidade instalada”.

Carlos Barbosa sublinhou que se tem de aproveitar o facto de as farmácias estarem “espalhadas pelo território, até nos sítios mais recônditos”, de forma a potenciar as capacidades técnico-científicas destes profissionais e “a proximidade e confiança” que estes têm “junto da população”.

Os farmacêuticos “podem dar contributos substantivos para promover ganhos em saúde e ajudar a atingir metas na área da saúde pública”, frisou, apontando para o caso dos doentes crónicos.

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“Precisamos que os doentes estejam compensados e equilibrados e, entre consultas médicas, pode haver episódios agudos”, podendo aqui os farmacêuticos ter um papel no controlo e acompanhamento de doentes, “como os hipertensos e os diabéticos”.

Outro ponto importante, refere, é o contributo que os farmacêuticos podem ter “nos rastreios sistemáticos da população e identificação precoce de indivíduos com fatores de risco”.

Estes dois aspetos – os rastreios e o acompanhamento – podem levar “a menos gastos” com complicações das doenças e “a ganhos em saúde”, salientou o bastonário da Ordem, organização que comemora no sábado, em Coimbra, o Dia do Farmacêutico.

Carlos Barbosa espera que, na próxima legislatura, “haja consideração” pelo contributo “ímpar” que o setor teve “na redução da despesa pública e privada”.

No sábado, a Ordem comemora o Dia do Farmacêutico, em Coimbra, com um simpósio na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra e uma sessão solene e jantar de encerramento das comemorações no Hotel Quinta das Lágrimas.