A Procuradoria-Geral da Suíça anunciou que abriu um processo criminal contra o ainda presidente da FIFA, Joseph Blatter, que esta sexta-feira foi interrogado e alvo de buscas por parte da polícia criminal suíça.

Em causa estão suspeitas de gestão danosa e de apropriação indevida de fundos. Segundo o comunicado publicado pela Procuradoria-Geral da Suíça, os procedimentos criminais contra Blatter foram abertos no dia 24 de setembro. As autoridades suíças suspeitam que “no dia 12 de setembro de 2015, o sr. Joseph Blatter assinou um contrato com a União de Futebol do Caribe (que tinha como presidente Jack Warner na altura); este contrato era desfavorável à FIFA”.

Continua o comunicado: “Adicionalmente, o Sr. Joseph Blatter é suspeito de ter feito um pagamento irregular de 2 milhões de francos suíços a Michel Platini, Presidente da UEFA, à custa da FIFA, alegadamente por serviços prestados entre janeiro de 1999 e junho de 2002; este pagamento foi executado em fevereiro de 2011”.

Segundo as autoridades suíças, Blatter foi interrogado esta sexta-feira já na condição de arguido, por representantes da procuradoria suíça, após uma reunião do Comité Executivo da FIFA. Ao mesmo tempo, Michel Platini foi ouvido como testemunha. Esta sexta-feira foram ainda efetuadas buscas à sede da FIFA em Zurique, com o apoio da Polícia Judiciária suíça. O escritório de Blatter foi um dos alvos destas buscas.

O organismo que gere o futebol mundial, entretanto, já reagiu. Eis o curto comunicado da FIFA:

Desde o dia 27 de maio que a FIFA vem colaborando com a Procuradoria-Geral da Suíça e cumpriu com todos os pedidos de documentação, dados e outras informações. E é isso que vamos fazer daqui em diante, continuar com este nível de cooperação para com a investigação.

Hoje, na sede da FIFA, representantes da Procuradoria-Geral da Suíça levaram cabo vários interrogatórios e recolheram documentos necessários à sua investigação. A FIFA facilitou os interrogatórios como parte de uma colaboração entre o nosso organismo e as autoridades.

Nós teremos mais nenhum comentário sobre o assunto, pois é uma investigação em curso.”

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