O maior grupo especializado em exploração de carvão, no noroeste da China, vai eliminar 100.000 postos de trabalho até 2018, para “tentar minimizar os prejuízos”, num dos maiores despedimentos em massa registados no país nos últimos anos. A Longmay Mining Holding Group emprega 240.000 trabalhadores e registou perdas anuais de 5 mil milhões de yuan (728 milhões de euros) no último exercício, segundo a imprensa estatal chinesa.

Há quatro anos teve lucros de 800 milhões de yuan (112 milhões de euros) e produziu 50 milhões de toneladas métricas de carvão. “Desde 2012 que a indústria do carvão na China enfrenta um problema de excesso de produção e queda dos preços”, escreve o jornal oficial China Daily.

Apesar de a China ter sido o país que mais investiu em energias renováveis em 2014, quase dois terços da energia que consume (66%), é proveniente do carvão.

Em setembro, a atividade da indústria manufatureira no país caiu para o nível mais baixo dos últimos seis anos e meio, refletido as mudanças estruturais na economia chinesa, que visam maior ênfase nos serviços, em detrimento da indústria.

Na terça-feira, o Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD) reviu em baixa a sua previsão de crescimento económica da China para 6,8%, abaixo dos 7,2% que apontou em março, justificando a previsão com a fraca procura externa.

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