A Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou, esta quarta-feira, uma recomendação a todas as pessoas infetadas com o HIV. A OMS aconselha, a todos os infetados com o vírus, a começar um “tratamento antirretroviral (ART) o mais cedo possível depois do diagnóstico”.

Os antirretrovirais são fármacos utilizados para o tratamento de infeções por retrovírus, nomeadamente, o HIV. Em Portugal e em qualquer país da União Europeia o tratamento por antirretrovirais é universal e gratuito com acompanhamento de consultas médicas.

A OMS justifica esta recomendação através de estudos feitos recentemente que confirmam que a utilização dos ART desde cedo permite “às pessoas infetadas com HIV viverem mais saudáveis e com menores riscos de transmissão do vírus.” A mesma organização explica que, neste momento, todos os grupos etários de todas as populações podem realizar o tratamento.

Mas esta recomendação vai mais além das pessoas já infetadas. As pessoas com um risco “substancial” de infeção devem recorrer aos mesmos tratamentos de maneira preventiva. No mesmo comunicado, a OMS explica que, com base nesta nova recomendação, o número de pessoas disponíveis para o tratamento anitrretroviral sobe de 28 milhões de pessoas com HIV para as 37 milhões que vivem infetadas com o vírus a nível mundial. Expandir este tratamento é o “coração de um novo conjunto de metas”com o objetivo de “acabar com a epidemia da Sida em 2030.”

Com base nas estimativas da UNAIDS, o programa das Nações Unidas de prevenção e combate ao vírus da Sida, a OMS calcula que, ao expandir “as ART a todas as pessoas com HIV” e ao disponibilizar “escolhas preventivas”, é possível evitar 21 milhões de mortes relacionadas com a Sida e 28 milhões de novas infeções até 2030.

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