Ele gosta mais de louras, o amigo prefere as morenas. Ela acha-o lindíssimo, a amiga não vê nada de especial nele. A forma como apreciamos a beleza dos outros é pessoal e não depende da genética, noticia o jornal espanhol El País. Já a capacidade de reconhecer caras, essa sim é genética.

Claro que a simetria da cara, o ar saudável ou a aparência jovem serão mais atrativos para a generalidade das pessoas. Pode ser o nosso instinto natural a ajudar-nos a escolher o melhor parceiro para uma descendência saudável. Mas o que nos faz preferir uma ou outra cara nos pequenos pormenores?

Segundo o estudo publicado na revista científica Current Biology, não depende tanto dos genes do avaliador, mas sobretudo das suas experiências de vida. E não chegam as experiências que se vivem no seio da mesma comunidade ou da mesma casa, mas aquelas que são únicas e pessoais.

O site TestMyBrain – onde qualquer pessoa pode fazer vários tipos de testes – reuniu as preferências faciais de mais de 35 mil voluntários. Depois de analisarem as respostas que tinham dos utilizadores comuns, escolheram os gémeos para uma análise mais específica.

Comparar os resultados de gémeos verdadeiros com o de gémeos falsos é normalmente usado para perceber o que pode ser hereditário e o que não será. Por exemplo, verificou-se que a genética influencia muitas características psicológicas como a agressividade, o jeito para a matemática ou para a música ou a inteligência geral ou espacial. A avaliação da beleza é, segundo El Pais, a primeira qualidade psicológica que foge a este padrão.

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