Pela primeira vez na sua história, o Museu d’Orsay, em Paris, dedica uma grande exposição à prostituição. “Splendeurs et misères. Images de la prostitution, 1850-1910” reúne pinturas de artistas como Edgar Degas, Paul Cézanne, Édouard Manet e Picasso, mas também fotografias, esculturas e outros objetos que, avisa a organização, “são suscetíveis de ofender a sensibilidade dos visitantes”.

A exposição devia ter sido inaugurada a 22 de setembro, mas só foi possível fazê-lo dois dias e muitos protestos depois. Não porque o tema da mostra seja polémico, mas porque os funcionários deste museu nacional situado na margem esquerda do rio Sena entraram em greve, contra a intenção de começar a abrir as portas às segundas-feiras, tradicional dia de descanso.

“Splendeurs et misères. Images de la prostitution, 1850-1910” lá abriu, para mostrar como a arte retratou uma profissão que, a partir da segunda metade do século XIX, começou a ser reprimida pela polícia em Paris. Algumas obras, como “Rolla”, que Henri Gervex apresentou em 1878, foram consideradas imorais pelas autoridades (o que em alguns casos apenas as tornou mais populares). No catálogo escreve-se mesmo que a prostituição foi um dos temas favoritos dos artistas a partir de 1850.

Se uma visita a Paris estiver nos seus planos até dia 17 de janeiro de 2016, o bilhete para o Museu dOrsay custa 11 euros. A exposição não tem bolinha vermelha para os menores de 18 anos, à exceção de duas salas com fotografias e excertos de filmes pornográficos, explicou o museu ao Observador.

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