Os advogados de José Sócrates fizeram um requerimento ao Tribunal Central de Instrução Criminal para que condene o procurador do Ministério Público, Rosário Teixeira, como “litigante de má-fé”. Em causa está o facto de o responsável pela investigação à Operação Marquês ter negado à defesa do ex-primeiro-ministro o acesso completo ao processo. Segundo o Diário de Notícias, João Araújo e Pedro Delille pedem agora a Carlos Alexandre que contrarie a decisão de Rosário Teixeira.

Há duas semanas, o Tribunal da Relação de Lisboa deliberou que a defesa de José Sócrates poderia ter acesso ao processo em que é arguido, suspeito dos crimes de corrupção passiva, fraude fiscal e branqueamento de capitais. Os advogados de Sócrates pediram imediatamente a Rosário Teixeira que os deixasse ver a documentação, mas o procurador recusou.

Na opinião de Araújo e Delille, foi “pura e simplesmente pelo facto de existir a possibilidade de pedir a aclaração do acórdão [da Relação], sem sequer indicar qual a dúvida ou as dúvidas que a decisão em causa lhe suscita e que pudessem ser aclaradas”, cita o DN. Assim, acusam o procurador de má-fé e consideram que o processo deve ser mostrado quer Rosário Teixeira peça uma aclaração ou não.

O Observador sabe que um dos motivos pelos quais o procurador se recusou a mostrar o processo prende-se com o facto de Rosário Teixeira não querer que Sócrates leia tudo o que contêm os autos. O pedido de aclaração, a ser entregue, deverá usar esse argumento.

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