A agência de “rating” Moody’s defende que a recondução da coligação PSD-CDS “deverá assegurar” um enfoque sobre o equilíbrio das contas públicas. Mas a perda da maioria absoluta “irá, provavelmente, complicar” a aplicação das reformas estruturais adicionais.

Em nota enviada aos clientes na segunda-feira e difundida esta terça-feira, a Moody’s especifica que “ainda que o líder do PS tenha aberto a porta a um apoio ao governo, caso a caso, para assegurar a estabilidade política no país, não é claro se o governo e o PS irão conseguir chegar a acordo sobre a reforma do sistema público de pensões”.

Essa é, como recorda a Moody’s, uma reforma que o governo já mostrou que quer fazer em 2016. “Na nossa opinião, uma reforma nas pensões públicas seria uma medida importante e positiva, tanto pelo seu impacto orçamental como, também, pela indicação que seria dada de que as autoridades portuguesas continuam empenhadas em fazer melhorias permanentes aos níveis estrutural e orçamental”, remata a agência de rating.

Porém, a Moody’s acrescenta que “ainda que o governo tenha tido sucesso em reduzir de forma significativa o défice orçamental, a recuperação cíclica da economia não será suficiente para atingir o objetivo de 2016, prevendo um défice de 2,8% do PIB” para esse ano. É que a agência prevê taxas de crescimento do PIB de 1,7% e 1,8% em 2015 e 2016, respetivamente.

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