Um dragoeiro com mais de cem anos foi abatido na terça-feira em Algés. O derrube da árvore, que era um dos símbolos da vila às portas de Lisboa, deixou perplexos muitos moradores e frequentadores da zona, que recorreram às redes sociais para dar conta do seu descontentamento. A Câmara Municipal de Oeiras afirma que a ação foi uma “medida de segurança”.

O dragoeiro estava plantado em frente ao Palácio Ribamar, bem no centro de Algés, onde atualmente funciona a biblioteca municipal da localidade. Junto a ele encontrava-se uma placa, colocada em 1987, que indicava que o espécime tinha mais de cem anos. Na quarta-feira, o blogue A Gazeta de Miraflores publicou no Facebook algumas fotografias da árvore já cortada, o que motivou muitas reações de desagrado. Foram várias as pessoas que evocaram memórias de infância relativas àquele dragoeiro e outras que questionaram a necessidade da medida.

Em resposta ao Observador, a câmara de Oeiras esclarece que “este exemplar tombou a 19-04-2010, o que ocasionou a quebra de muitas raízes, verificando-se desde essa altura a perda de vitalidade” da árvore. Nessa ocasião, a autarquia colocou algumas estacas de madeira em redor do dragoeiro, mas essa iniciativa não foi suficiente para o salvar. “Visto o exemplar se encontrar seco perdendo a sua capacidade de sustentação, como medida de segurança de pessoas e bens a Divisão de Espaços Verdes procedeu à sua remoção”, esclarece o município.

Este dragoeiro chegou a constar do Registo Nacional de Arvoredo de Interesse Público, mas acabou por perder a classificação. Segundo a câmara, “está prevista a plantação de novo exemplar da mesma espécie no local”.

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