Dentista no Minnesota, Walter Palmer, de 55 anos, tornou-se, de um dia para o outro, num dos homens mais odiados dos Estados Unidos. E tudo porque perseguiu, em Hwange, no Zimbábue, um leão, de seu nome Cecil, que era considerado um “tesouro nacional” no país. Cecil acabou por ser abatido, por Palmer, mas já fora de Hwange, um parque nacional onde a caça não é permitida.

Como o leão foi caçado fora dos Estados Unidos, Palmer não seria acusado de qualquer crime no seu país. Mas pode-lo-ia ser no Zimbábue.

Esta segunda-feira o ministro do Ambiente zimbabweano, Oppah Muchinguri-Kashiri, confirmou que Walter Palmer não será acusado de qualquer crime pela caçada de agosto. “Nós, ministério, consultámos a polícia, primeiro, a procuradoria-geral, depois, e chegámos a conclusão, com eles, de que o senhor Palmer veio ao Zimbábue caçar com a documentação legal exigida.”

Palmer, que confirmou ser um adepto destas caçadas, e que terá, alegadamente, pago muitos milhares de euros por aquele leão, sempre confirmou que não sabia que se tratava de um animal protegido no país.

Em setembro, em entrevista à Associated Press e ao Minneapolis Star Tribune, Palmer desculpou-se, afirmando que ficou “atordoado” quando soube que tinha caçado Cecil. “Se soubesse que este leão tinha um nome, quer era querido no Zimbábue e estava a ser estudado, obviamente que não o teria abatido. Ninguém, antes ou a seguir à caçada, sabia que se tratava de Cecil”, garantiu.

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