Telma Monteiro qualificou-se hoje para a final do Grand Slam de judo de Paris, defrontando a mongol Sumiya Dorjsuren no combate decisivo, ao final da tarde de sábado, no Bercy Arena, em Paris.

A judoca do Benfica bateu a japonesa Yoshida Tsukasa na meia-final dos -57kg, depois de ter eliminado a húngara Hedvig Karakas, a búlgara Ivelina Ilieva e a argentina Gabriela Narvaez.

A outra possibilidade de medalha para Portugal é a de Sergiu Oleinic (-66kg), que vai lutar pelo bronze contra o japonês Tomofumi Takajo, depois de ter vencido o italiano Elio Verde na repescagem.

Oleinic tinha sido eliminado nos quartos-de-final, contra Nijat Shikhalizada (Azerbeijão), após as vitórias frente Júnior Santos (Brasil), na primeira ronda, e Colin Oates (Grã-Bretanha), na segunda.

Joana Ramos (-52kg), 10.ª do mundo, perdeu logo à primeira ronda contra Gulbadam Babamuratova (Turquemenistão) e estava muito revoltada, à saída do tatami, declarando que “o combate foi decidido pelos árbitros, ninguém projetou” e agora há que “continuar a trabalhar”.

Leandra Freitas (-48kg) perdeu contra Nathalia Brígida (Brasil) na primeira ronda e justificou a derrota com a lesão muscular que teve há duas semanas: “Queria mesmo estar aqui, mesmo com a lesão e mesmo que o desfecho tenha sido este, estou feliz por ter entrado porque o combate foi equilibrado, eu podia ter ganhado, como ela.”

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Também desiludido com a prestação ficou Jorge Fernandes (-73kg) que, na semana passada, ganhou o bronze no Open de Glasgow, e que em Paris se ficou pela primeira ronda contra Van Westende (Holanda), admitindo ter ficado aquém do seu nível, pensando já no Grand Slam de Tóquio, em dezembro.

“Penso que não estive ao nível que devia estar, falhei na parte estratégica do combate. Entrei um bocado perdido, não segui a estratégia que devia ter seguido e isso condicionou-me logo o combate, porque fiz ataques que não foram bons, sendo punido por um falso ataque logo no início”, declarou o judoca à agência Lusa.

Na segunda ronda, Nuno Carvalho (-60kg) foi eliminado, por três castigos, contra Vincent Limare (França), depois de ter ganho na primeira ronda contra Sandaniaina Andrianjakavelo (Madagáscar).

“Perder por castigos e não atacar é ainda mais chato. Às vezes é bom perder por uma pessoa atacar e levar um contra-ataque, agora perder combates por castigos é bastante triste”, disse o judoca no final do segundo combate.

Na segunda ronda, também André Alves foi eliminado por Sagi Muki (Israel), depois de ter vencido na primeira ronda Cedric Bessi (Mónaco), admitindo alguma tristeza, mas considerando que “tirando o campeonato do mundo, este é o torneio talvez mais complicado do mundo” e pensando já no Grand Slam de Abu Dhabi, a 30 e 31 de outubro.

“Estava-me a sentir bem para esta prova, tenho estado a treinar bem, mas isto hoje não correu bem. Ganhei um combate e o segundo foi com um atleta que é campeão da Europa, segundo no ranking mundial, e não consegui controlar”, declarou o judoca.

Por sua vez, Diogo César venceu, na primeira ronda, Imad Massou (Marrocos), mas foi eliminado depois por Altansukh Dovdon (Mongólia), admitindo não ter ficado com um sentimento nem de “deceção nem de felicidade”.

“Fiz um nono lugar, obviamente que vinha para mais, este combate podia dar acesso à final da minha ‘pool’. O objetivo é sempre ir o mais à frente possível”, disse o judoca, já a pensar no Grand Slam de Abu Dhabi mas sem estar “obcecado pela qualificação olímpica”.

No Grand Slam de Paris, a decorrer este sábado e domingo, a delegação portuguesa conta com Telma Monteiro (-57g), Leandra Freitas (-48kg), Joana Ramos (-52kg), Nuno Carvalho (-60kg), Diogo César (-66kg), Sergiu Oleinic (-66kg), André Alves (-73kg), Jorge Fernandes (-73kg), Yahima Ramirez (-78kg), Diogo Lima (-81kg), Carlos Luz (-81kg), Célio Dias (-90kg) e Diogo Silva (+100kg).