O tesoureiro do partido Convergência Democrática da Catalunha (CDC), Andreu Viloca, foi preso esta quinta-feira, sem direito a caução, depois de ontem ter sido detido, no âmbito da “Operação 3%”, que visa descobrir se a fundação CatDem e a própria CDC receberam comissões ilegais de 3% em troca de adjudicações de obras públicas a construtoras ligadas ao partido.

Uma das razões apontadas pelo juiz Josep Bosch para ter enviado Viloca para a prisão, segundo o El País, tem a ver com o perigo de destruição de provas, que foi o que aconteceu da última vez que a Guardia Civil espanhola esteve no seu escritório, em setembro passado. Conta o diário espanhol que quando os agentes chegaram ao escritório do tesoureiro perceberam que ele tinha triturado documentos. Porém, as autoridades terão conseguido encontrar nos papéis rasgados nomes de empresas que alegadamente pagaram uma comissão de 3% ao partido, em troca dos contratos celebrados.

Todos os detidos começaram já a ser interrogados, sendo que o juiz Josep Bosch decidiu libertar os dois empregados do departamento financeiro do partido.

Andreu Viloca está indiciado de um total de seis delitos relacionados com corrupção: suborno, prevaricação, financiamento ilegal dos partidos políticos, tráfico de influências, alteração de preços em concursos e branqueamento de capitais, de acordo com a Europa Press. 

Além do tesoureiro foram também detidos, na quarta-feira, Josep Antoni Rosell, diretor do ‘infraestructures.cat’, – para o qual a Fiscalía Anticorrupción também pede prisão -, um dos dirigentes da fundação ‘Catdem’ (Catalunya Democràtica), Carles del Pozo, e uma das administrativas da CDC. Os restantes sete detidos são empresários investigados por, alegadamente, pagarem comissões ilegais ao partido de Artur Mas.

Ainda durante o dia de ontem, o líder da Convergência Democrática da Catalunha (CDC) e presidente em funções, Artur Mas, criticou a atuação das autoridades espanholas e reforçou a confiança no tesoureiro do partido.

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