Mataria um bebé? A pergunta cruel que a revista do New York Times divulgou na sexta-feira no Twitter tem, à partida, uma resposta fácil. Só que esta é apenas uma parte da questão, à qual 42% responderam “sim”, 30% “não” e 28% mostraram-se indecisos. Segue, então, a pergunta completa: Se pudesse voltar atrás no tempo, seria capaz de matar o bebé Hitler?
We asked @nytmag readers: If you could go back and kill Hitler as a baby, would you do it? (What's your response?) pic.twitter.com/daatm12NZC
— NYT Magazine (@NYTmag) October 23, 2015
A pergunta polémica, tantas vezes feita em testes de dilemas morais, deu origem a muitas e variadas respostas no Twitter e o assunto tornou-se um dos mais populares na rede. Houve quem criticasse a preguiça de considerar a morte de um bebé a única solução para o problema, em vez de tentar procurá-lo na juventude e incentivá-lo a seguir uma carreira nas artes (Adolf Hitler reprovou duas vezes nos exames de admissão à Academia de Belas-Artes de Viena).
Why is it always "kill the baby Hitler" and not "find him as a young man, tell him his art is really good, he should stick with it"
— Matthewせいじ (@matthewseiji) October 23, 2015
E se o desafio é voltar atrás no tempo para tentar mudar o curso da história, as possibilidades são infinitas. Uma leitora sugeriu, em vez de matar um bebé, alterar-se o Tratado de Versalhes, que a Alemanha foi forçada a assinar após a derrota na Primeira Guerra Mundial, e que é apontada como uma das causas da revolta do povo alemão, devido à dureza das medidas impostas.
What if
Instead of killing Baby Hitler
You rewrote the Treaty of Versailles
Using the time machine you have
Just a suggestion
— Hayes Brown (@HayesBrown) October 23, 2015
Também não faltaram críticas à ideia do New York Times. “Se pudessem recuar até à reunião editorial e repensar esta ideia de engajamento, fá-lo-iam?”.
https://twitter.com/JohnSHausman/status/657641352348479489
O assunto prolongou-se durante dias e as respostas variaram entre a crítica, o alerta de que mudar a história pode ser sempre pior, respostas sensibilizadas e sérias, com trocas fundamentadas de argumentos, como se o dilema fosse uma hipótese real. E, claro, parvoíce com sentido de humor.
.@NYTmag Is this rhetorical or do you know something?
— Mike Scollins (@mikescollins) October 23, 2015