O guineense que está internado num hospital da Galiza por suspeita de ter ébola entrou na Europa através do aeroporto de Lisboa, onde depois apanhou num autocarro até à Corunha, informaram fontes sanitárias galegas.

O homem guineense deu entrada no Complexo Hospitalar Universitário da Corunha na tarde de terça-feira, onde lhe fizeram vários testes porque o quadro clínico que apresentava poderia ser compatível com uma infecção pelo vírus do ébola.

Hoje de manhã foi transferido para o Hospital Meixoeiro, em Vigo.

O chefe de Medicina Preventiva do Complexo Hospitalar Universitário de Vigo, Víctor del Campo, declarou hoje aos meios de comunicação social na Galiza que o doente chegou no domingo a Lisboa, num voo procedente da Guiné.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Foi na capital portuguesa – acrescentou – que o homem apanhou um autocarro até à Corunha, onde pretendia visitar a sua mulher e o filho recém-nascido.

Em conferência de imprensa, o sub-diretor geral de Informação sobre Saúde e Epidemiologia (governo regional galego), Xurxo Hervada, também confirmou esta versão, explicando que o homem chegou à Corunha na segunda-feira e que deu entrada nas urgências do Complexo Hospitalar Universitário da Corunha na terça-feira, às 15:00. Estava febril, com vómitos e diarreia e 45 minutos depois foi levantada a possibilidade de estar contagiado por ébola.

Hervada acrescentou que os serviços demoraram “algumas horas” a confirmar os dados da viagem e do trajeto do doente a partir da Guiné-Conacri.

Víctor del Campo, por seu lado, afirmou que o “quadro clínico é bom” e que o guineense está “consciente” e colaborativo. Caso se confirme que tem ébola, o guineense poderá ser transferido para o Hospital Gómez Ulla de Madrid, centro de referência para esta doença a nível nacional em Espanha.

O especialista também afirmou que já “foram identificadas” as pessoas que estiveram em contacto com o doente. Todas foram informadas das recomendações pertinentes nestes casos, afirmou.

Hervada acrescentou, no entanto, que as autoridades galegas estão a “trabalhar para identificar outros possíveis contactos”.