O Fundo Monetário Internacional anunciou nesta quinta-feira que o seu trabalho de vigilância não vai limitar-se aos indicadores de estabilidade macro-económicos, mas poderá debruçar-se, em certos países, sobre questões relacionadas com as desigualdades sociais. “A próxima etapa no nosso trabalho operacional é incluir, caso a caso, segundo os países, a questão das desigualdades no nosso trabalho de vigilância” e nas avaliações anuais dos Estados-membros, declarou o porta-voz da instituição, Gerry Rice, durante uma conferência de imprensa.

Nos últimos dois anos, o Fundo Monetário Internacional (FMI) publicou vários relatórios afirmando que um alto nível de desigualdade social era nefasto para a economia, afastando-se um pouco do seu papel tradicional de guardião da ortodoxia orçamental.

A sua diretora geral, Christine Lagarde, acabou de dedicar a este tema duas intervenções públicas, numa semana, em Washington. “Reduzir as desigualdades excessivas de rendimentos não constitui simplesmente uma boa política social, mas também uma boa política económica”, referiu Christine Lagarde.

No entanto, segundo o porta-voz, o FMI não pretende integrar os objetivos de redução das desigualdades nos seus planos de ajuda aos países.

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