O que têm em comum estes pares: Starbucks e Frida Kahlo, Barbie e Piero di Cosimo, ou Apple e René Magritte?

Para Eisen Bernardo, muito mais do que se imagina. O artista filipino faz comparações entre a estética moderna e clássica, as sociedades do passado e do presente, através de logótipos famosos e de obras clássicas que retratam objetos semelhantes ou paralelos ao da marca em questão.

Ou seja, cada um dos trabalhos tem imagens que descrevem o mesmo objeto, mas em estilos diferentes.

“Na junção da obra ‘O Filho do Homem’ [de René Magritte] e do logótipo da Apple, por exemplo, a imagem de uma maçã foi desenhada em dois estilos diferentes. As maçãs também contam histórias diferentes, e servem propósitos diferentes. Quis explorar de que forma um objeto pode ser interpretado e utilizado de diversas maneiras. Além disso, estas imagens refletem a cultura do tempo. Hoje em dia, uma imagem de uma concha corresponde a uma marca de petróleo. Mas durante o Renascimento, a concha estava associada à arte mais prestigiada, como símbolo de beleza, através de uma deusa célebre [Vénus, pintada por Botticelli]”, explica Eisen Bernardo ao Observador.

Por outro lado, “Logo + Art”, também quer mostrar que estes logótipos simples devem ser considerados como uma das realizações da arte moderna já que, como reforça o filipino, “são poderosos e funcionais, afetando e influenciando pessoas como as obras de arte clássicas no seu tempo”.

“Logo + Art” é um desdobramento do trabalho do artista “Mag + Art”, em que coleções de capas de revistas são decoradas também com pinturas clássicas mashup. Entre o seu portefólio contam-se ainda as séries “Album + Arts” (capas de álbuns de música + pinturas clássicas) e “Criterion + Art” (capas de DVDs da distribuidora Criterion + pinturas clássicas).

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