Entre janeiro e outubro de 2015 foram registados 19 casos mortais de dengue no Estado do Rio de Janeiro, contra os 10 referenciados durante todo o ano de 2014, segundo fonte sanitária. Os dados são da Superintendência de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde, que mostram, no entanto, que a capital do Estado não registou óbitos.

Os casos mortais aconteceram nos municípios da Região do Médio Paraíba, em Resende, Porto Real, Volta Redonda, Barra Mansa, Itatiaia, Piraí, Quatis, Campos, Paraty e Miracema. A fonte acrescentou que as notificações de casos suspeitos de dengue aumentaram consideravelmente.

Nos primeiros 10 meses de 2015 foram comunicados 56.568 casos, mais de oito vezes o número de notificações no mesmo período do ano passado (6.967 casos). Segundo Alexandre Chieppe, subsecretário de Vigilância em Saúde do Estado, as “altas temperaturas e chuvas são fatores de risco. Mas não há previsão de uma epidemia de dengue no Estado em 2016”, considerou, citado pelo jornal O Globo.

A própria Secretaria estadual de Saúde admite que o início do período de chuvas e a previsão de altas temperaturas para o verão podem favorecer a proliferação dos mosquitos transmissores da doença na Região Metropolitana do Rio, mas informou que existe um monitoramento das larvas e criadouros do ‘Aedes aegypti’.

Um dos maiores especialistas em dengue no Estado, também citado pelo mesmo jornal, Fernando Portela Câmara, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), acredita que o Estado está a entrar num período crítico, recordando que o ‘Aedes aegypti’ é um mosquito doméstico, que gosta muito de sombra, água limpa e calor.

“Ele desenvolve-se no quintal, na casa das pessoas. Mas não quero, com isso, culpar a população. A culpa é de um mosquito que está muito bem adaptado às condições climáticas do Rio”, declarou.

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