*Artigo atualizado às 20h57 com a informação de que o Parlamento grego aprovei lei sobre a recapitalização da banca

O Parlamehto grego aprovou este sábado por maioria a lei sobre a recapitalização da banca, que atribui ao Fundo Helénico de Estabilidade Financeira (FHEF) um papel mais ativo nos bancos que tenham sido capitalizados com ajuda deste fundo de resgate.

A lei, que contou com o apoio de todos os partidos pró-europeus e com os votos contra dos comunistas e dos neonazis, foi aprovada umas horas depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter dado a conhecer os testes de solidez da banca grega.

O BCE anunciou que os quatros maiores bancos gregos precisam de um aumento de capital de 14,4 mil milhões de euros, anunciou este sábado o Banco Central Europeu, e esta operação tem de acontecer nos próximos dois meses, caso contrário os depósitos acima de 100 mil euros podem estar em risco.

O valor anunciado hoje não está longe do que eram as expetativas de vários analistas para as necessidades de capital dos bancos gregos, depois da sangria de depósitos verificada na primeira metade do ano, que levou mesmo à imposição pelo Governo de controlos de capitais (que ainda não foram retirados na totalidade).

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Em causa estão as contas do National Bank of Greece, o Piraeus, o Eurobank Ergasias e o Alpha Bank. Estes quatro bancos terão agora uma semana – até dia de novembro – para apresentarem um plano ao BCE a detalhar como pretendem aumentar este capital.

A tentativa de acelerar o processo deve-se em grande à entrada em vigor no dia 1 de janeiro do próximo ano de novas regras para os bancos que tenham de receber apoio estatal para se recapitalizarem. De acordo com as novas regras, os acionistas e credores do banco têm de assumir perdas, de acordo com uma ordem preestabelecida, antes de ser o Estado a entrar com dinheiro para salvar o banco e, no fim da linha, estão os depósitos acima de 100 mil euros.

Este será o terceiro aumento de capital dos bancos gregos desde 2010, ano em que a Grécia pediu o primeiro de três resgates ao Fundo Monetário Internacional e à Comissão Europeia.