Numa altura em que a NATO se tem desdobrado em exercícios militares por Espanha, Itália e Portugal, a concentração da Aliança Atlântica continua nos perigos e nas ameaças do mundo. Agora a organização começa a virar atenções para o Mediterrâneo.

Segundo afirmou o secretário-geral, Jens Stoltenberg, e citado pelo El Pais, avisa que a NATO não pode ignorar os perigos que podem chegar do flanco sul: “A instabilidade e os riscos do flanco sul estão muito próximos das fronteiras da NATO”.

Quando se fala em flanco sul fala-se, neste caso, no Norte de África e no Próximo Oriente. A instabilidade provacada pela Primavera Árabe, pela guerra na Síria ou pela crescimento do Estado Islâmico podem explicar a situação que se vive atualmente nesta região. Assim já começaram a ser preparados os planos de vigilância no Mediterrâneo por parte da NATO.

Para isso, vai ser utilizar um projeto chamado Vigilância Aérea do Terreno (AGS), que tem visto a sua utilização adiada devido aos seus custos elevados. No entanto, e segunda conta o diário espanhol, a aliança militar vai agora mobilizar cinco drones Global Hawk americanos para a base italiana de Sgonella. Esta situação, e como garantiu Stoltenberg, será “a chave para proteger os países do sul”.

Recorde-se que o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, o ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco, e o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, são algumas das individualidades que vão marcar presença no penúltimo dia do exercício militar ‘Trident Juncture’ no Ponto de Apoio Naval de Tróia, em Setúbal.

O exercício começou a 03 de outubro e termina na sexta-feira e, para além de Portugal, teve lugar também em Espanha e Itália, havendo ligação com exercícios conduzidos na Bélgica, Canadá, Alemanha, Holanda, Noruega, no Oceano Atlântico e no Mar Mediterrâneo.

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