O secretário de Estado da Administração Interna, João Almeida, disse, em Bruxelas, que Portugal tem “disponibilidade imediata” para receber cerca de uma centena de refugiados, tendo já sido criadas as condições de acolhimento e integração dessas pessoas.

João Almeida participou na sessão extraordinária do Conselho de Justiça e Assuntos Internos (JAI), que foi novamente centrada na resposta europeia à atual crise migratória.

Em comunicado, o Ministério da Administração Interna (MAI) indica que o secretário de Estado reiterou a solidariedade de Portugal para com os países mais afetados pela crise migratória e reafirmou a “disponibilidade imediata para começar a receber cerca de uma centena” de refugiados.

Nesse sentido, Joao Almeida deu conta do trabalho já realizado em Portugal, no quadro de um Grupo de Trabalho Interministerial criado para o efeito, no sentido de serem criadas as condições de acolhimento e integração das pessoas a serem recebidas em território nacional, adianta o MAI.

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Portugal vai receber mais de 4.500 refugiados nos próximos dois anos ao abrigo do Programa de Relocalização de Refugiados na União Europeia, definido em setembro.

O primeiro grupo destes refugiados, composto por 30 pessoas que se encontra em Itália, deve chegar a Portugal no final do mês de novembro.

No encontro de hoje, os ministros europeus da Administração Interna analisaram as formas de agilizar a deslocalização dos refugiados e de concretizar a resposta acordada pela Europa.

Os Estados membros comprometeram-se a acolher nos próximos anos 160.000 refugiados vindos principalmente dos centros de acolhimento da Grécia e Itália, mas, atualmente, somente 135 pessoas foram encaminhadas destes países para a Finlândia, França, Suécia e Luxemburgo.

Esta proporção está longe das quase 6.700 pessoas que deveriam, em média, ser recebidas por mês, durante dois anos, para cumprir a meta.

Até agora, somente 14 Estados membros disseram estar preparados para começar a receber refugiados, e disponibilizaram um total de 3.546 lugares, muito abaixo do que é necessário.