A antiga presidente da Assembleia da República Assunção Esteves e o ex-presidente do Tribunal de Contas Guilherme d’Oliveira Martins são condecorados na quarta-feira à tarde pelo chefe de Estado, com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo.

De acordo com a agenda do chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, divulgada no ‘site’ da Presidência da República, a cerimónia de imposição das insígnias irá decorrer pelas 16:00, no Palácio de Belém.

A Grã-Cruz é o grau mais elevado da Ordem Militar de Cristo, que se destina “a distinguir destacados serviços prestados ao País no exercício das funções de soberania”, conforme é referido na página na Internet da Ordens Honoríficas Portuguesas.

Assunção Esteves foi a primeira mulher a assumir a presidência da Assembleia da República em junho de 2011, cargo que abandonou agora, no início na nova Legislatura.

Atualmente com 59 anos, Assunção Esteves foi também a primeira mulher a desempenhar o cargo de juíza do Tribunal Constitucional, entre 1989 e 1998 e a única eurodeputada eleita para o Parlamento Europeu nas eleições de 2004, pela lista da coligação Força Portugal (PSD/CDS-PP).

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Licenciada em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa, onde também fez um mestrado em ciências jurídico-políticas, Assunção Esteves foi eleita pela primeira vez deputada pelo círculo de Vila Real, em 1987, na primeira maioria absoluta liderada por Cavaco Silva.

Guilherme d’ Oliveira Martins deixou a 01 de novembro a presidência do Tribunal de Contas, para assumir o cargo de administrador executivo da Fundação Calouste Gulbenkian.

Nascido em Lisboa em 1952, Guilherme d’ Oliveira Martins licenciou-se em Direito e foi assistente na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, entre 1977 e 1985.

Durante o Governo de António Guterres ocupou os cargos de secretário de Estado da Administração Educativa – ao lado do então ministro Marçal Grilo -, Ministro da Educação, das Finanças e da Presidência.

Guilherme d´Oliveira Martins foi depois deputado e vice-presidente da direção da bancada socialista na Assembleia da República, cargo que abandonou em 2005 para assumir funções na presidência do Tribunal de Contas, órgão fiscalizador das contas do Estado.

O professor catedrático foi agraciado em 1996 com a Medalha de Grande-Oficial Ordem do Infante D. Henrique.