A Promotoria do Estado de Minas Gerais, no sudeste brasileiro, detetou indícios de negligência na rutura de duas barragens da mineradora Samarco na cidade de Mariana, que deixou pelo menos quatro mortos e 22 desaparecidos.

“Não foi acidente. Não foi fatalidade. O que houve foi um erro na operação e negligência no monitoramento”, afirmou o promotor de Justiça do Meio Ambiente em entrevista ao “Jornal da Globo”.

O telejornal mostrou um documento da Promotoria que afirma que o contato entre a pilha de desperdícios de minério e a barragem “não é recomendado por causa do risco de desestabilização”. A informação foi reproduzida hoje pela imprensa brasileira.

Entre a terça-feira e hoje, mais duas vítimas fatais foram identificadas, elevando o número de mortos para quatro, entre eles uma criança de cinco anos. Ao todo, 22 pessoas continuam desaparecidas.

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Segundo o portal de notícias G1, foram encontrados com vida três moradores da localidade de Bento Rodrigues, perto de Mariana, que estavam desaparecidos.

A rutura de duas barragens da empresa Samarco, na qual a mineradora Vale tem participação, ocorrei na última quinta-feira, e a lama com rejeitos de minérios invadiu as casas da vila de Bento Rodrigues.

A Samarco não se manifestou hoje, mas após a rutura das barragens, afirmou que houve abalos sísmicos na região e lamentou a tragédia.