Viajar com os filhos pode não ser a coisa mais fácil de se fazer. As crianças são naturalmente impacientes e, verdade seja dita, ainda não são socialmente conscientes, pelo que o mais provável é fazerem birras — com choros e até gritos incluídos — a bordo de um avião. 

Mas fazer as malas, embarcar e partir numa aventura familiar não tem de ser o fim do mundo. Jo Bryant, mãe e perita em etiqueta, é a autora de um artigo publicado no Telegraph onde estão descritos alguns conselhos para pais que planeiam viajar com os filhos em breve. É que levar brinquedos e tablets com a bateria no máximo pode fazer mesmo toda a diferença. E quanto mais longo for o voo, maior é a probabilidade de haver problemas de palmo e meio.  

1. As famílias são as últimas a embarcar
Muito embora haja famílias com vontade de despachar o assunto e embarcar de imediato, o melhor a fazer é precisamente o contrário. Ficar no último lugar da fila de embarque não só permite evitar a confusão de pessoas que procuram lugares e arrumam malas, como faz com que os miúdos tenham mais tempo para descontrair. Porque, convenhamos, quanto mais tempo as crianças estiverem sentadas no interior do avião, mais depressa ficam aborrecidas. 

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2. O entretenimento é fundamental
Jo Bryant afirma que as famílias mais toleráveis quando a viajar de avião são as que vêm preparadas. O que quer isto dizer? Que nas malas de mão há espaço para doces, snacks, tablets com a bateria no máximo e brinquedos. Em causa estão famílias que reconhecem que várias horas a bordo de um mesmo avião representa uma situação explosiva e cansativa para miúdos e graúdos.

3. Em silêncio é que todos se entendem
É certo que passageiros incomodativos são a receita para a desgraça, sobretudo numa viagem de longo curso. Mas, às vezes, não são os únicos culpados. Diz a autora que as famílias não têm o direito de se expressarem em demasia — “movendo-se de uma forma desnecessariamente perturbadora (…) como que à procura de atenção” — apenas porque trazem consigo os respetivos filhos. 

4. As assistentes de bordo não são babysitters
A tripulação de cabine está ali para servir os passageiros — servir comida e refrescos, disponibilizar jornais ou catálogos de venda e assegurar, sempre que necessário, que tudo vai correr bem. A ajuda prestada é a função das assistentes de bordo que, ao contrário do que se possa pensar, não têm o papel de uma ama. Não, “não estão lá para resolver situações complicadas com o seu filho”. 

5. O passageiro sem filhos também tem obrigações 
Se há sugestões para pais, também as há para passageiros sem filhos, os quais devem ser pacientes com quem está a fazer o seu melhor — falamos da mãe ou do pai que tenta acalmar mais uma das birras do filho de dois anos. A autora salienta a importância de comentários de encorajamento, mas também de olhares e/ou sorrisos cúmplices. Em caso de situações extremas, pode sempre oferecer-se para trocar de lugar. 

6. E quando os bebés choram?
A maior parte dos bebés chora nos momentos de descolagem e aterragem, uma vez que os seus ouvidos são mais suscetíveis a sentir as mudanças de pressão do que os dos adultos. Quem o diz é a pediatra Tanya Altmann, consultada pela Fox News. “Isto acontece porque os seus canais são mais pequenos; a aterragem é, por norma, pior do que a descolagem”.

A solução passa, então, por dar alguma coisa para o bebé sugar ou engolir — tal pode significar amamentar, alimentar com recurso a biberão ou dar-lhe uma chucha. “Não é preciso acordar o bebé na descolagem ou na aterragem”, diz a pediatra, “mas ter algo pronto para ele sugar assim que acorda a chorar.”