Os investidores estão a negociar dívida portuguesa a 10 anos a uma taxa de 2,72% esta quinta-feira, um valor que é dois pontos base inferior ao fecho da véspera. Itália e Espanha estão com alívios semelhantes, pelo que Portugal está hoje a conseguir acompanhar o alívio dos outros países periféricos. Compras do BCE e confiança de que a DBRS não irá mexer no rating estão a tranquilizar os investidores.

A estabilizar está, também, o indicador crucial que é a diferença entre os juros de Portugal e os da Alemanha. O spread (prémio de risco) face às bunds alemãs a 10 anos está nos 210 pontos base. Este valor é calculado pela diferença entre os 2,72% pedidos a Portugal e os 0,60% pedidos à Alemanha – a diferença são, portanto, 2,1 pontos percentuais (210 pontos base).

Em linha com a Europa está, também, a bolsa de Lisboa a cair. O PSI-20, que hoje desce 0,49%, recua pela quinta sessão consecutiva, um período em que a praça portuguesa perde 6,55%. A tendência no resto da Europa é semelhante, com o índice Stoxx 600 de ações europeias a descer 0,38%.

A DBRS, a pequena agência canadiana que dá a Portugal a chave para aceder ao financiamento do BCE, irá “discutir os desenvolvimentos políticos recentes” para tomar uma decisão sobre o rating de Portugal. Ainda assim, tendo em conta o historial desta agência de rating – a única que não tem a dívida de Portugal em lixo – os analistas duvidam que possa haver um corte de rating para já, talvez nem mesmo uma perspetiva negativa atribuída à notação (atualmente a perspetiva é estável).

Leia mais sobre as implicações da decisão da DBRS, esta sexta-feira, neste texto publicado no final de outubro, que inclui entrevista à analista principal da DBRS.

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