A Caixa Geral de Depósitos alcançou um lucro de 3,4 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, menos quase 93% que os 46,3 milhões que registava em setembro do ano passado, segundo as contas do banco público enviadas à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Segundo o banco, a queda no lucro deve-se à base que é utlizada para a comparação. O lucro nos primeiros nove meses de 2014 foi superior devido a fatores não recorrentes, caso da venda das participações nas seguradoras Fidelidade, onde ficou com uma participação de apenas 15%, e da Cares e Multicare, onde ficou com uma participação de 20%.

Só com essa venda é que a CGD conseguiu que os seus resultados fossem positivos nos primeiros nove meses do ano passado. Com a venda, a Caixa Geral de Depósitos encaixou 278,9 milhões de euros. Se não o tivesse feito, em vez de um lucro de 46,3 milhões de euros, teria apresentado um prejuízo de 232,6 milhões de euros em setembro de 2014.

A CGD destaca ainda uma melhoria nos resultados brutos de exploração, explicando a melhoria nas contas com um desempenho consideravelmente melhor da banca comercial doméstica, que passou de quase metade do que representava a atividade internacional, para um resultado superior, mesmo com um aumento nos resultados das suas atividades internacionais.

Em sentido contrário estiveram os resultados do braço de investimento da Caixa que, apesar de ainda apresentar um resultado positivo, caiu mais de metade para apenas 22,5 milhões de euros, quando a banca doméstica apresentou um resultado positivo de 310,4 milhões de euros e a atividade internacional de 304,4 milhões de euros.

No entanto, os custos operativos do banco aumentaram neste período, devido a um aumento nas despesas com pessoal, num período em que os outros gastos administrativos e os custos com depreciações e amortizações desceram.

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