A economia portuguesa cresceu 1,4% no terceiro trimestre, informou esta sexta-feira o INE na sua estimativa rápida às Contas Nacionais Trimestrais. A estimativa rápida do INE diz, também, que o PIB estagnou face ao segundo trimestre.

No trimestre anterior, o PIB tinha crescido 1,6% (na comparação homóloga) e os economistas antecipavam que a variação se mantivesse estável em 1,6%. Havia, mesmo, estimativas mais otimistas, que apontavam para uma aceleração para 1,8%. Mas deu-se uma desaceleração, aponta esta primeira estimativa do INE para o produto económico português entre julho e final de setembro.

Anthony Baert, economista do ING, escreve em reação aos números que “ainda que seja demasiado cedo para antever uma nova recessão técnica, será arriscado“. Em nota enviada aos clientes, e a que o Observador teve acesso, o economista diz que “o panorama económico deverá deteriorar-se no curto prazo, com as famílias e empresas inibidas no consumo e no investimento enquanto não houver governo“.

Uma recessão técnica é definida por dois trimestres consecutivos de crescimento negativo. O facto de a economia ter estagnado nesta variação justifica os receios do economista.

Segundo o INE, o contributo positivo da procura interna diminuiu no terceiro trimestre, refletindo a desaceleração do Investimento e, em menor grau, do consumo privado. A procura externa líquida registou um contributo negativo para a variação homóloga do PIB, porém de magnitude inferior à observada no segundo trimestre.

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O INE divulga uma nova estimativa para o PIB no dia 30 de novembro.

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