Oops!, há uma trovoada em cima de um ovo estrelado e a mão do rato Mickey aponta para o resultado: Phwoar!. Esta podia ser a tradução de um dos muitos acessórios desenhados por Anya Hindmarch, designer de luxo que pôs o mundo da moda a passear malas com smilies e sinais de trânsito e que no início deste ano lançou uma Sticker Shop que mais não é do que uma loja de emblemas em pele para aplicar onde se quiser.

À boleia de Hindmarch e das suas peças facilmente identificadas entre as estrelas do street style, uma espécie de coleção de emoji que não servem para escrever mensagens mas sim para colar no tecido, várias são as marcas e até celebridades que estão a redescobrir o patch — o emblema que terá tido origem nos ornamentos que eram bordados nos mantos do clero e da realeza e que se foi espalhando a outras formas identitárias, das condecorações militares às bandas de eleição, passando pelas capas dos trajes académicos e a cor clubística. 

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Dois exemplos recentes que comprovam a tendência: a modelo Eddie Campbell juntou-se à artista Christabel MacGreevy para lançar a Itchy Scratchy Patchy, uma coleção de emblemas com desenhos meio absurdos, meio provocadores de personagens muito gordas ou muito musculadas. Já Chiara Ferragni, uma das maiores celebridades da era digital, partilhou com os cinco milhões de seguidores do seu Instagram que andava a colecionar emblemas para personalizar um blusão de ganga, mostrando depois o resultado.

Recuperar o espírito do it yourself (faça você mesmo) e personalizar o que se veste numa era em que tudo é massificado, como aponta Eddie Campbell, são duas das principais razões que explicam este revivalismo. O perigo da tendência, como já se vê nas lojas e entre algumas das sugestões de compras reunidas na fotogaleria? Ter a mesma saia com os mesmos emblemas cosidos exatamente no mesmo sítio que outras centenas de pessoas. 

Como diria um dos emblemas de Anya Hindmarch: Oops!