A vice-presidente da bancada socialista Ana Catarina Mendes será proposta para secretária-geral adjunta caso o líder do PS, António Costa, forme Governo e seja primeiro-ministro, disse nesta quarta-feira à agência Lusa fonte da direção deste partido.

Esta proposta de passar a atual presidente da Federação de Setúbal do PS a “número dois” da direção dos socialistas, que foi avançada hoje pelo Diário de Notícias, será votada na primeira Comissão Nacional deste partido após a eventual tomada de posse de um executivo liderado por António Costa. O cargo de secretário-geral adjunto do PS está previsto nos estatutos dos socialistas desde 2004, mas nenhum líder socialista até agora decidiu preencher esse lugar.

No último congresso do PS, em novembro do ano passado, na Feira Internacional de Lisboa, António Costa anunciou na sua intervenção de abertura que, se fosse nomeado primeiro-ministro, iria propor a eleição de um secretário-geral adjunto que “assegure a vitalidade da vida do partido para além da ação governativa”.

Nesse seu discurso, António Costa disse o seguinte perante os congressistas: “Gostaria de anunciar desde já que, uma vez nomeado primeiro-ministro, proporei à Comissão Nacional, como os estatutos preveem, a eleição de um secretário-geral adjunto”.

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António Costa acrescentou então que era “fundamental” que a vida do partido prosseguisse “para além da ação governativa e que o partido não se volte, como já aconteceu muitas vezes, a estiolar no seu funcionamento, na sua vida, na sua participação democrática, quando está no exercício do poder”.

Ana Catarina Mendes não faz parte do Secretariado Nacional do PS por ser incompatível no plano estatutário com as suas atuais funções de líder da Federação de Setúbal deste partido.

Porém, Ana Catarina assumiu as funções de diretora de campanha de António Costa nas eleições primárias que disputou com António José Seguro em setembro de 2014, é vice-presidente da bancada socialista e integrou a equipa negocial nas conversações com o Bloco de Esquerda, PCP e “Os Verdes” para a formação de um Governo alternativo ao da coligação PSD/CDS.