São 58 obras de grandes mestres da pintura espanhola, como El Greco, Zurbarán, Goya e Sorolla, e uma escultura — e viajaram até Portugal para se instalarem esta sexta-feira no Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), em Lisboa. A exposição foi especialmente preparada para o museu português.

Contam-se pelos dedos de uma mão as vezes em que as obras da Coleção Masaveu foram expostas na íntegra — uma delas foi no Museu do Prado. O que é uma pena. Ao longo de várias gerações, os Masaveu, família abastada de empresários e industriais estabelecida em Oviedo, nas Astúrias, colecionaram arte e dedicaram-se ao mecenato. O resultado é uma das coleções privadas de arte mais importantes de Espanha, com cerca de 1500 peças.

“Colección Masaveu. Grandes Mestres da Pintura Espanhola: Greco, Zurbarán, Goya, Sorolla” pode ser visitada até 3 de abril e está dividida em cinco núcleos: “O esplendor da Idade Média e o Renascimento”, “El Greco e a transição na pintura do Maneirismo para o Naturalismo”, “Cintilações do Século de Ouro: os mestres do Barroco”, “Goya e as Luzes” e “Uma nova luz: de Fortuny a Sorolla”.

O comissário da mostra, Ángel Aterido, selecionou para o MNAA “um grupo alargado de pinturas espanholas que habitualmente não podem ser contempladas com esta concentração, neste número e com esta qualidade, em Portugal”, pode ler-se no catálogo da mostra. O diálogo entre as obras foi outro dos objetivos da exposição. “Pretendeu-se aproveitar a pinacoteca do museu para estabelecer laços, facilitar comparações e sublinhar através destes ‘encontros’ o espírito da coleção.”

A exposição pode ser visitada de terça-feira a domingo, das 10h00 às 18h00, e a entrada normal (sujeita aos descontos habituais) custa sete euros. Por se tratar de uma exposição feita com parceiros privados, como a Ritmos (à semelhança do que aconteceu no passado com a Everything is New), não é abrangida pelas entradas gratuitas do primeiro domingo do mês.

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