A UEFA assegurou hoje que “nunca aceitará” o doping no futebol e que se mantém “na vanguarda” do combate a este fenómeno, “com um programa dinâmico, inteligente e multifacetado” em que clubes, jogadores e treinadores possam depositar “total confiança”.

A organização de cúpula do futebol europeu respondia assim às críticas do técnico francês do Arsenal, Arsene Wenger, que questionou a decisão da organização de manter o resultado do jogo da Liga dos Campeões de futebol que opôs a sua equipa ao Dínamo Zagreb, que os ingleses perderam por 2-1, apesar de um jogador croata ter sido posteriormente suspenso por doping.

“O quadro normativo antidoping da UEFA está estritamente em conformidade com o artigo 11.º do Código da Agência Mundial Antidopagem (AMA), de acordo com o qual quando mais de um jogador é notificado de uma possível violação das normas, toda a equipa terá de ser submetida a um controlo; se a infração envolver mais de dois jogadores, a equipa terá de ser desqualificada ou ser castigada de outra forma”, explica a UEFA numa declaração.

Arsene Wenger defendeu na segunda-feira a necessidade de mudanças relativamente às normas antidoping em vigor na UEFA, que defendeu não serem suficientemente dissuasoras.

“Não é possível aceitar que o resultado se mantenha, apesar de terem jogado com um jogador dopado. Isso significa basicamente uma aceitação do próprio doping”, afirmou o técnico do Arsenal, acrescentando: “Pessoalmente não concordo com as regras [antidoping] (…). Significam que basicamente aceitamos o doping”.

O Arsenal volta a defrontar hoje o Dínamo Zagreb, estando obrigado a vencer e a esperar que o Bayern Munique derrote o Olympiacos para manter hipóteses de seguir em frente na competição.

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