O festival de curtas-metragens New York Portuguese Film Festival (NYPFF) apresenta-se pela primeira vez hoje em Berlim e pretende mostrar ao público alemão que Portugal é um país dinâmico e criativo, mesmo com pouco dinheiro.

Ana Ventura Miranda, organizadora do festival, disse à agência Lusa que “as pessoas têm uma ideia de Portugal associada ao fado e aos ranchos folclóricos” e destacou que se pretende “promover o Portugal contemporâneo” mostrando o trabalho da nova geração de realizadores portugueses.

O festival quer alcançar uma audiência alemã “já que Berlim tem um público de curtas estabelecido”, aproveitando para “atualizar a imagem de Portugal como um país que tem ideias, que faz com poucos meios, que é criativo, e que põe as coisas em prática”, referiu Ana Ventura Miranda.

O NYPFF faz uma ante-mostra hoje à noite na capital alemã, seguida da exibição total de oito curtas-metragens e de duas curtas de animação no sábado, que abordam “temas profundos e conteúdos globais que tocam a qualquer pessoa”, referiu a organizadora.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A 5.ª edição do festival apresenta “Beasts”, de Rui Neto e Joana Nicolau e o trabalho de Joana Maria Sousa e Manuel Carneiro, entitulado “Oobe”.

A mostra inclui a apresentação de “Emma’s Fine”, de Miguel M. Matias, “Emilia”, de Pedro Marnoto Pereira e “Gu”, de Pedro Marnoto Pereira.

O festival conta também com a exibição de “Complete Remission”, de Carlos Melim, “Exist Road”, de Yuri Alves e “The River”, de António Pinhão Botelho.

O evento incluiu ainda a apresentação de duas curtas-metragens de animação convidadas: “The Giant”, de Júlio Vanzeler e Luís da Matta Almeida e “Amphi,” de Maria Inês Barroqueiro, Iuri Monteiro, Francisco Correia, João Garcia e Manuel Prata.

Berlim é a última cidade por onde passa o NYPFF este ano, que em 2015 já contou com exibições nos quatro continentes, incluindo Nova Iorque, Lisboa, Cascais, Londres, Macau, Sidney, New Bedford, Vancouver, São Francisco, São Paulo, Rio de Janeiro, Luanda, Maputo e Joanesburgo.

O NYPFF, organizado pela Arte Institute, teve a sua primeira edição em 2011 e é o primeiro festival de cinema português nos Estados Unidos.

O festival surgiu por teimosia de Ana Ventura Miranda, que percebeu que Portugal tinha qualidade para fazer um festival “porque o cinema português não ficava nada atrás” do eu via em Nova Iorque.

Todos os anos, a organização recebe cerca de 100 candidaturas de curtas-metragens escritas, realizadas e produzidas por portugueses que são depois submetidas e selecionadas por um júri de peritos de cinema nos Estados Unidos, Portugal e Brasil.