“Isto é uma história de um futuro não tão distante quanto isso”, começa por dizer Jeremy Clarkson, o polémico ex-apresentador do programa da BBC Top Gear, agora a cara e a voz do vídeo que a Amazon lançou para divulgar o protótipo do drone idealizado pela gigante do comércio eletrónico para entregas rápidas. Segundo o vídeo promocional, o tempo de entrega pode ser de 30 minutos ou menos.

O sistema parece simples: o consumidor faz uma compra através do site da Amazon, optando pelo serviço de entrega Amazon Prime Air. De seguida, num armazém, o produto desejado é colocado dentro de uma caixa que, por sua vez, é inserida no drone. Depois, o aparelho, que segundo o vídeo está preparado para subir até 120 metros de altura e que consegue deslocar-se num raio de 80 quilómetros, vai até ao local de entrega. Aí, o aparelho aterra e deixa a encomenda no local designado — no vídeo de promoção da empresa sediada em Seattle, o drone aparece a aterrar num quintal.

Mas nem tudo será tão fácil quanto parece. A Federal Aviation Administration (a autoridade máxima da aviação dos EUA) coloca reticências quanto à hipótese de drones para fins comerciais voarem fora da visão do seu piloto, por razões de segurança.

Em julho, numa convenção da Nasa, a Amazon propôs a criação de um espaço aéreo exclusivo para pequenos aparelhos voadores não-tripulados, entre os 80 e os 120 metros de altura. A mesma proposta referia ainda a necessidade de uma zona de intervalo até aos 150 metros, acima dos quais o espaço aéreo estaria reservado a aeronaves de grande porte.

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