Diz-se “Nove Semanas e Meia” e os risos sugestivos surgem de imediato. Os anos oitenta não teriam sido os mesmos sem o filme erótico realizado por Adrian Lyne e protagonizado por Mickey Rourke e pela estonteante Kim Basinger.
Era a cena de John a dar de comer na boca de Elizabeth – as personagens desempenhadas pelos dois atores -, era o cubo de gelo a escorregar pelo corpo da ruiva abaixo, era o sexo explícito numa ponte à chuva, era Kim a despir-se ao sim de You Can Leave Your Hat On. No que toca às cenas eróticas, “Nove Semanas e Meia” punha qualquer uma das atuais sombras de Grey a parecer um filme (quase) infantil.
Mas o tempo passou. Passaram-se quase 30 anos (faz em fevereiro) desde que Kim Basinger e Mickey Rourke entraram na ribalta como o casal que pôs a nu o sexo no cinema. E as diferenças são – no mínimo – visíveis, mostra o El País. Mickey Rourke tornou-se jogador profissional de boxe, as lutas ficaram-lhe gravadas no rosto e o ator quis disfarçá-las com (muitas) operações cirúrgicas. Hoje está assim:
Alterou o nariz cinco vezes (retirou cartilagem de uma orelha para o retocar), fez liftings, disfarçou orelhas, mexeu no queixo. E agora está visivelmente diferente do charme que o caracterizava nos anos 80. Tanto que a parceira de profissão, Kim Basinger, o chamou de “cinzeiro humano”.
Não é que a ruiva de beleza incontornável tenha fugido ao apelo das cirurgias. Também ela cedeu ao botox, embora com menos vigor – e menos necessidade, porque quem viu o filme não esquece o rosto e o corpo esculturais.