A missão é a mesma: ajudar os outros. Mas o fato é diferente. Há um grupo de freiras que se faz passar por prostitutas para resgatar vítimas de tráfico humano, exploração sexual e escravatura infantil.

O grupo chama-se Talitha Kum e é composto por mais de 1100 freiras. A organização trabalha em pelo menos 80 países. O objetivo é chegar aos 140, refere um dos principais financiadores do grupo, John Studzinski, à Reuters, escreve a Fox.

“Estas irmãs não confiam em ninguém. Nem em governos, nem em corporações, nem na polícia local. Elas trabalham nos bordéis. Ninguém sabe que elas estão lá”, contou John Studzinski, banqueiro no The Blackstone Group, numa conferência sobre direitos das mulheres organizada pela  Thomson Reuters Foundation. Segundo o responsável, as freiras preferem “focar-se no trabalho” do que na publicidade do que fazem.

Este mundo perdeu a inocência. São problemas causados pela pobreza e pela desigualdade mas vai muito além disso”, disse John Studzinski.

As freiras vestem-se e agem como se fossem prostitutas, infiltram-se em bordéis de todo o mundo e vão para ruas sinalizadas antes. Depois, integram-se no ambiente e nas comunidades e investigam as histórias. Não são adiantados mais pormenores sobre as ações precisamente para manter o sigilo e a discrição, essenciais ao sucesso das missões.

O grupo fundado em 2004 já se deparou com a história de uma mulher que era obrigada a ter sexo com 10 homens ao mesmo tempo, refere a Reuters. Outra estava fechada num cubículo, sem comida, e era obrigada a comer as próprias fezes. Tudo porque não conseguia ter sexo com 12 clientes por dia.

Segundo John Studzinski, a organização já foi contactada por empresas para dar informações sobre o que têm visto nos espaços que visitam. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho, 4,5 milhões de pessoas por ano são vítimas de exploração sexual.

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