Os cinco melhores

Augustine: Conversions and Confessions, de Robin Lane Fox (Allen Lane)
Desde a já antiga biografia de Peter Brown, nada de tão bom se tinha escrito sobre Agostinho e sobre o ambiente do império romano tardio.

Kant’s Construction of Nature. A Reading of the Metaphysical Foundations of Natural Science, de Michael Friedman (Cambridge University Press)
Michael Friedman, que recebeu por este livro o Prémio Internacional Fernando Gil para a Filosofia da Ciência 2015, é autor de uma obra vasta, que inclui estudos sobre Cassirer, Heidegger, Carnap, e, sobretudo, Kant. Esta é a melhor análise da filosofia da ciência kantiana desde há muito tempo.

The Book of Human Emotions. An Encyclopedia of Feeling from Anger to Wanderlust, de Tiffany Watt Smith (Profile Books)
Não é, nem pretende ser, um grande livro de filosofia, mas é um prazer lê-lo.

Le siècle des intellectuels, de Michel Winock (Seuil)
Trata-se da edição, “revista e aumentada”, de um livro originalmente publicado em 1997, mas merece ser mencionado nesta escolha. Winock é um historiador dos movimentos intelectuais franceses dos séculos XIX e XX. Este é um livro sóbrio e muito informativo sobre a figura do intelectual em França desde o caso Dreyfus e das paixões políticas exacerbadas do século passado. Pode ser lido com o livro de Tiffany Watt Smith na cabeça.

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Soumission, Michel Houellebecq (Flammarion)
Houellebecq é um romancista de grande talento e com uma extraordinária capacidade de acertar no essencial. Uma excepção, num ano em que praticamente todos os romances me caíram das mãos.

O pior

À la recherche du réel perdu, Alain Badiou (Fayard)
É difícil escolher o pior livro do ano. Este exercício de teratologia filosófica é um candidato tão bom como outro qualquer.

[Veja nesta fotogaleria as capas dos livros escolhidos por Paulo Tunhas]

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