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  • E é tudo do Vitória de Setúbal-Benfica. Trago-lhe a crónica do jogo daqui a nada. Amanhã há mais e em dose dupla, com o Nacional-FC Porto e o Sporting-Moreirense. Foi um prazer tê-lo desse lado. Tenha um resto de boa noite e até depois!

  • Resumo do jogo

    O Vitória de Setúbal não é de pôr “autocarros” à frente da baliza. É de ter a bola no pé, de tratá-la bem e fazer golos. Nem sempre vence – se não era líder e não 5.º classificado –, mas raramente se vê nele um chutão para a frente, uma atrapalhação tática ou perdas de tempo o tempo todo. Quim Machado disse, na flash interview, que prefere “correr o risco de jogar para vitória, contra o Benfica ou contra quem for, do que perder 1-0 aos 93′”.

    É hoje o Vitória entrou a jogar olhos nos olhos com o Benfica, bola cá, bola lá, mas rapidamente foi só “bola cá”, que é como quem diz, na defesa do Setúbal. O Benfica foi dono e senhor da primeira parte, fez dois golos mas podia ter feito uma mão-cheia deles, e na segunda voltou à carga.

    Mais do mesmo? Quase. O Setúbal chegou a estar encostado às cortas, só atacava quando o rei faz anos e em contra-ataque, e o Benfica ainda aumentaria o placard para os 3-0.

    Aí, ao terceiro, relaxamento das águias ou não, a verdade é o Vitória cresceu, voltou a ser o que tentou ser no começo, mais em chuveirinho para a área do que com bola no pé, mas foi reduzindo golo atrás de golo. E de cada vez que o Benfica marcava, por fífia da defesa sadina ou má-sorte do guarda-redes Ricardo, o Vitória continuava à procura de um bom fim no Bonfim.

    A contagem ficou-se nos 4-2, o Benfica fez mais do que o suficiente para vencer – mas também se relaxou cedo demais e isso só não lhe foi fatal porque o Vitória não teve pernas para mais –, mas, acima de tudo, que se viu foi um jogo bom jogo (como poucas vezes se vê na nossa Liga) numa noite fria de sáabdo.

    O Benfica tem agora menos três pontos que o FC Porto e cinco que o Sporting, que só jogam amanhã.

  • Por fim, Quim Machado, o treinador do Vitória de Setúbal: “Nós hoje fizemos um bom jogo, contra uma equipa fortíssima, num jogo em que cometemos erros que não cometemos. A nossa dupla de centrais é muito jovem. Mas quisemos sempre jogar bonito, um futebol ofensivo. Às vezes paga-se caro o querer arriscar em demasia. Mas é esse o nosso caminho. E é por aí quer queremos continuar a ir. Chegámos ao 5.º lugar a jogar assim.”

  • Fala Rui Vitória: “Foi uma vitória justa. O Vitória de Setúbal é muito difícil. Agitámos o jogo, corremos riscos, mas conseguimos concretizar as oportunidades que fomos criando. Não controlámos na segunda parte como queríamos e demos oxigénio ao Setúbal. Pressão aos rivais? O que eu sei é que há sempre três pontos para ganhar e ao longo do campeonato vão-se perder muitos. E nós não ganhamos por vantagens mínimas. Ganhamos por muitos golos sempre.”

  • Agora, Vasco Costa, que hoje se estreou a marcar na Liga: “Não foi um resultado justo. Podíamos ter empatado ou até vencido, pelo que fizemos na segunda parte. Mas pelo menos o empate era merecido. Praticámos sempre um futebol atacante. Entramos sempre para ganhar e neste jogo não foi diferente. O golo? Quero dedicá-lo à minha avó.”

  • O primeiro a falar é Pizzi. “Sabíamos que ia ser difícil, mas fizemos um grande jogo, sempre bem posicionados taticamente. Golos? Estou a trabalhar bem, estou com confiança e todos os jogadores e equipa técnica me apoiam. Estamos melhor do que no começo de época. Estamos a jogar bem. E agora é continuar com esta mentalidade ganhadora.”

  • Trago-lhe já, já a flash interview e depois o resumo do jogo.

  • Apita o árbitro. Nem mais um segundo se joga! Os adeptos do Vitória de Setúbal, apesar da derrota por 4-2, gostaram do empenho na segunda parte e aplaudem a equipa sadina.

  • Manuel Mota dá mais três minutos para se jogar.

  • GOLO! 4-2 para o Vitória de Setúbal

    Suk desvia nas barbas de Júlio César. A bola é cruzada para a área e cortada para fora dela a trouxe mouxe, Vasco Costa apanha-a de primeira mesmo em cheio, mas o remate só dá em golo porque o sul-coreano Suk o desvia na pequena área. Júlio César ia para a direita, para defender o remate de Vasco. Suk desviou para a esquerda. 4-2 no Bonfim. Dê lá no que der o jogo, tem sido animado e com golos. E é isso que se pede numa noite de bola.

  • Sai Mitroglou e entra Jiménez. É ponta-de-lança por ponta-de-lança. Mitrolgou já fez o que lhe competia e vai descansar. Entretanto, e antes de Mitroglou, também Renato Sanches tinha dado o seu lugar a Fejsa. Rui Vitória vê o jogo bem encaminhado e poupa os titulares para o que aí vem de campeonato até ao Natal.

  • GOLO! 4-1 para o Benfica

    Golo de Mitroglou ou auto-golo de Ricardo? Não importa. Foi um golo caricato, isso sim. E ninguém queria marcar. Djuricic correu meio-campo com a bola, chegou sozinho à área, tirou-lhe as medidas, mas resolveu-se a passar para o lado. Surgiu lá Gonçalo Guedes, mas com tantas camisolas verde e brancas à frente da baliza, fez tiro ao boneco e acertou em Venâncio. Na recarga, de pé direito — que nem é o seu melhor, Mitroglou atirou ao poste. A bola não queria mesmo entrar, mas Ricardo deu uma mãozinha. Ou um pézinho. A bola que bateu no poste bateu-lhe na bota esquerda e foi mesmo lá para dentro. 4-1 para o Benfica e acaba o levantar de crista do Setúbal. Ou não?

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  • Gritou-se golo, com pronuncia xarroca, em Setúbal. Mas foi ilusão de ótica. André Claro fez o que quis de André Almeida, ultrapassou-o e cruzou para a área. O cruzamento foi mau, na direção de Jardel, mas o central do Benfica cortou em rosca e a bola foi parar aos pés de Vasco Costa. O avançado sadino recebeu num toque e chutou ao segundo. Acertou… na malha da baliza. Mas fica o aviso. O Setúbal, que esteve encostado às cordas, voltou ao jogo.

  • Rui Vitória começa a mexer: sai Jonas, a arfar de cansado, e entra Djuricic, que hoje se estreia na Liga. À partida irá jogar a segundo avançado como Jonas vinha jogando. Aliás, com Jesus mal calçou as botas, mas na Holanda, no Heerenveen, foi precisamente nessa posição que deu a conhecer. Chamavam-lhe o “Cruyff dos Balcãs”. Até ver, não é…

  • Sai Arnold e entra Costinha no Vitória de Setúbal. Sai um extremo veloz e com cabedal. Entre outro extremo, mais franzino mas com melhores pés.

  • O Benfica continua a dominar como dominou em quase toda a primeira parte. Mas o Vitória está mais perigoso do que então. Não uma mão-cheia de passes cercos do lado sadino, mas também é preciso. O chuveirinho de cruzamentos para a área é menos ortodoxo mas também dá resultados quando calha.

  • GOLO! Reduz o Setúbal para 3-1

    Marcou Vasco Costa. Quim Machado sabe o porquê de ter feito Vasco entrar ao intervalo. Pediam-se-lhe golos e ele já fez um. Mas o trabalho é todo de Suk que, apesar de matulão, tem os pés de um levezinho. Avançou da ala direita para a área qual locomotiva, levou tudo à frente, trocou as voltas a Jardel e chutou ao poste. Sorte ou não, a verdade é que a bola do poste foi ter com Vasco e ele, sozinho, fez o seu primeiro golo na Liga — e o primeiro em campeonatos profissionais. Isto aos 24 anos. E logo contra um “grande”.

  • GOLO! 3-0 para o Benfica

    É o quarto golo de Mitroglou na Liga. A assitência é de Jonas, a quinta do “pistolas”. A defesa do Vitória de Setúbal quer subir, subir e subir até que o Benfica fique em fora-de-jogo. Mas isso não é só para quem quer. É para quem tem velocidade nas pernas e muitos quilómetros numa e noutra. Venâncio e Semedo, os centrais, apesar de toda a qualidade que se lhes reconhece, são muito verdinhos. E a jogar contra Jonas e Mitroglou, que são muito “batidos” nestas andanças, estão tramados. Bastou que Jonas, que recebeu a bola a meio-campo, esperasse uns segundos, o grego Mitroglou percebeu a pausa, deu dois passos atrás e ficou “em jogo”. E o resto foi instinto: Jonas desmarcou-o em vólei e o grego rematou de canhota entre as pernas de Ricardo.

  • Foi logo no começo do jogo que se viu um gato preto a correr pelo relvado. Mas o mau agoiro só se tem sentido entre os da casa.

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  • Então é assim: o Vitória vai mesmo ter dois avançados-centro. Suk é o ponta-de-lança e Vasco o segundo avançado. André Claro é o médio-ala à esquerda. O meio-campo ao centro é que continua um tanto no vazio. É que Fábio Pacheco e André Horta não têm tido pernas para Renato Sanches. E quando Pizzi ou Jonas vêm procurar jogo ao centro, menos pernas têm ainda. E é por ali, pelo meio, que o Vitória tem perdido bolas e mais bolas e o Benfica tem criado perigo e mais perigo.

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