O Santander e o Banco Popular só vão decidir esta sexta-feira se avançam com uma oferta de compra pela parte que o Estado português detém no Banif e que corresponde a 60,5% do capital do banco liderado por Jorge Tomé, adianta o espanhol La Vanguardia. A informação foi avançada ao jornal por fontes próximas dos bancos. Também esta sexta-feira, a agência Efe avança que o Santander planeia avançar. Há pelo menos uma oferta em cima da mesa, a ser negociada(s) antes de ser apresentada formalmente ao Governo – dono da posição em causa –, apurou o Observador.

O prazo para os investidores particulares comprarem a parte que o Estado detém no Banif termina no final do dia desta sexta-feira, às 20 horas. Na quinta-feira, já era notícia que a gestora de fundos norte-americana Apollo também deveria apresentar uma proposta hoje. Poderá ser, pelo menos, essa a oferta que já está numa fase adiantada de negociação com o banco.

Segundo a Efe, o Santander também planeia avançar, o que não tinha feito até ao final do dia de ontem, apurou o Observador junto de fonte próxima.

Pedro Ricardo Santos, gestor da XTB Portugal, diz que “sabe-se que há, para já, pelo menos um interessado na compra do Banif“. Ainda assim, é mais do que certo que a proposta em cima da mesa esteja longe dos valores injetados pelo Estado no banco” – foram injetados 700 milhões em capital e 400 milhões em empréstimo, dos quais falta pagar 125 milhões.

As ações do Banif foram suspensas pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) na quinta-feira, à espera e informação relevante sobre o processo de venda voluntária do banco.

O Estado detém 60% do capital do Banif e 49,374% dos direitos de voto, e há mais dois acionistas qualificados, de acordo com a estrutura acionista que está no relatório semestral. Os herdeiros do fundador, Horácio Roque, que controlam 6,3% do capital e 8% dos direitos de voto, e o grupo Auto Industrial, que detém 1,8% do capital e 2,4% dos direitos de voto.

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