Em julho de 2013, o antigo presidente do Benfica, João Vale e Azevedo, foi condenado a 10 anos de prisão e a pagar sete milhões de euros desviados do clube, por crimes de peculato, falsificação de documentos e branqueamento de capitais relativamente às transferências de jogadores como Scott Minto, Gary Charles, Tahar e do brasileiro Amaral para o clube da luz. A partir desse momento, o antigo dirigente recorreu a recursos atrás de recursos para revogar a decisão da 3ª Vara Criminal de Lisboa.

Chegado ao Tribunal Constitucional (TC), o órgão chumbou, a 13 de outubro, mais um recurso. A reação de Vale e Azevedo passou pela apresentação de dois requerimentos apelando à nulidade de mais esta decisão. E terá sido esta a gota de água, conta o Jornal de Noticias (JN) na sua edição impressa desta sexta-feira. Ou seja, no segundo requerimento apresentado, os juízes-conselheiros João Caupers e Maria Lúcia Amaral afirmaram que nenhum dos pedidos tem um “mínimo de verosimilhança” acrescentando que a “apresentação destes requerimentos visa tão-só obstar ao trânsito em julgado”, conta o JN.

A consequência imediata desta decisão é o regresso do processo à primeira instância, com objetivo de ser executada a primeira deliberação. Por isso, e na prática, tudo isto significa que o empresário e antigo dirigente dos encarnados vai continuar preso mesmo depois de já ter cumprido 11 anos e meio pelas condenações nos processos Ovchinnikov/Euroárea, Dantas da Cunha e Ribafria. Como explica o JN, é provável que seja agora efetuado um novo cúmulo jurídico com a pena de 10 anos que transita em julgado depois da decisão do TC.

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