Dezenas de pessoas estavam hoje desaparecidas na sequência de um deslizamento de terras numa mina de jade no norte da Birmânia, naquele que é o segundo acidente grave do género em um mês.

“As equipas de resgate começaram os trabalhos e estamos à procura de cadáveres, mas não conseguimos ainda dar números”, disse à AFP Nilar Myint, um funcionário da cidade de Hpakant.

No final de novembro, mais de 100 pessoas morreram naquela região isolada na fronteira com a China, quando um deslizamento de terras soterrou cerca de 80 barracas improvisadas onde viviam pessoas que se dedicavam à exploração de jade na aldeia de Sankhatku, em Hpakant.

Segundo as organizações não-governamentais, dezenas de habitantes morreram nos últimos meses na sequência de pequenos aluimentos.

Os deslizamentos de terras são comuns nesta zona, para onde milhares de trabalhadores birmaneses pobres migram para tentar a sorte entre pilhas de escombros, durante a noite, na esperança de encontrar pedaços de jade que podem valer milhares de dólares. Trata-se de uma atividade desregulada, a que as autoridades e as empresas fecham os olhos, escreve a agência France Presse.

É da Birmânia que vem quase todo o jade de elevada qualidade do mundo, uma pedra verde quase translúcida muito valorizada na China.

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