O ministério da Saúde anunciou a criação de Grupo Coordenador da Urgência Médica de Lisboa (UML) com vista a “avaliar os constrangimentos existentes” nos hospitais da Grande Lisboa. Os trabalhos “iniciar-se-ão de imediato”, escreve o ministério num comunicado enviado às redações, onde também se lê que as medidas encontradas vão começar a ser aplicadas a partir de 1 de fevereiro de 2016. Será dada “prioridade às especialidades em que se verificam maiores dificuldades”.

O grupo vai ser liderado pelos diretores clínicos dos cinco maiores centros hospitalares da Área Metropolitana de Lisboa, pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, IP e pelo Coordenador Nacional para a Reforma do Serviço Nacional de Saúde.

“A especificidade diagnóstica e terapêutica de determinadas situações clínicas bem como o seu caráter urgente impõem a necessidade de encontrar um novo modelo de organização da atividade no âmbito do Serviço Nacional de Saúde que permita uma assistência eficaz, atempada e de elevada qualidade”, diz o mesmo comunicado.

No mesmo documento, é dito que os casos que necessitam de neurocirurgia (como os que têm vindo a ser noticiados desde a semana passada) são “situações e patologias relativamente pouco frequentes” e que “condicionam uma procura por cuidados de saúde relativamente baixa”. Decorrente disso, é reconhecido que “o número de profissionais de saúde com competência para a sua abordagem é relativamente reduzido”.

Por fim, o comunicado explica que o Grupo Coordenador da UML está “destinado a avaliar os constrangimentos existentes e a [preparar] as soluções para as disfunções identificadas”.

Esta medida surge na sequência da polémica da morte de um doente por falta de médicos para o operarem no Hospital de S. José.

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