Um novo estudo da Universidade de Boston e da Pensilvânia, publicado no jornal Proceedings of the National Academy of Sciences, descobriu que os anteriores estudos sobre a obesidade não eram de fiar. Isto porque subestimavam a relação entre a mortalidade e o excesso de peso.

Os investigadores dizem agora que as anteriores investigações baseavam-se apenas nas medidas do índice de massa corporal numa altura específica, o que não contabilizava os impactos na saúde das alterações de peso ao longo do tempo. Ou seja, isto fez com que se subestimasse os efeitos desta situação na mortalidade.

Na prática, o que este novo trabalho diz é que as investigações que não distinguem as pessoas que nunca excederam o peso normal e as pessoas de peso normal mas que anteriormente tiveram peso a mais ou que eram, inclusivamente, obesas são enganosas. Isto porque negligenciam os efeitos potencialmente duradouros da obesidade mesmo que esta tenha sido ultrapassada. Para além disso, essas análises continham ainda o risco de não levar em conta o fato de a perda de peso ser muitas vezes associada também a doenças.

Ou seja, os investigadores verificaram que o risco de mortalidade dos que tinham um peso normal no momento do estudo, mas que já tinham sofrido de obesidade ou de excesso de peso antes, era 27% mais elevado do que naqueles que sempre registaram um peso correto. Para além disso, observou-se também que existe uma maior prevalência de diabetes do tipo 2 e de doenças cardiovasculares nas pessoas com as mesmas características.

Para se chegar a estas conclusões os autores utilizaram os dados de um grande estudo a nível nacional sobre a nutrição nos Estados Unidos de 1988 a 2010.

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