A marca de luxo italiana Dolce & Gabanna saiu das passerelles das capitais da moda e ameaça invadir o Médio Oriente, ou pelo menos, parte dele. A casa acaba de lançar uma coleção exclusiva de abayas (túnicas compridas, semelhantes a um vestido) e hijabs (lenços ou véus usados para cobrir o cabelo e pescoço) noticia o Style.com/arabia.

O preto, branco e bege são as cores predominantes da coleção — tons neutros, dentro da palete de cores habitual para muitas mulheres muçulmanas — mas com detalhes que refletem o “o espírito siciliano da casa de moda”, como os padrões florais, os bordados e as rendas. Os tecidos predominantes são a seda e o cetim, materiais que não estão ao alcance de todas as bolsas.

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As mulheres muçulmanas são apontadas como as próximas grandes consumidoras no mercado global de luxo, refere a Fortune. Para além do duo italiano de designers, marcas como a DKNY, a Tommy Hilfiger e outras mais acessíveis como a Zara e a Mango já dedicaram pequenas coleções compostas por peças destinadas ao Ramadão — o mês durante o qual os muçulmanos praticam o seu jejum ritual e um dos cinco pilares do Islão — que em alguns países do Médio Oriente se está a tornar uma época de compras.

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Agora é a vez do segmento do luxo, como a Dolce & Gabbana, entrar num mercado em crescimento, que em 2019 pode atingir os 489 mil milhões de dólares (cerca de 442 milhões de euros) segundo um relatório da Thomson Reuters citado pela Fortune.

Este não é o primeiro investimento da marca destinado a conquistar clientes no Médio Oriente, que acabou de anunciar na rede social Twitter a abertura da primeira loja de roupa para crianças no Dubai.