A polícia de Colónia, na Alemanha, atualizou hoje para 516 as queixas de violência ocorridas durante as festividades de Ano Novo, com 40 % das vítimas a relatarem casos de agressão sexual.

No sábado, as autoridades da cidade alemã tinham contabilizado 379 queixas e que a maioria dos suspeitos tinha pedido asilo político ou são imigrantes ilegais.

Hoje, em comunicado, a polícia de Colónia fez uma atualização das informações e indicou que 19 pessoas são consideradas suspeitas até ao momento, e que um jovem marroquino foi detido por suspeita de roubo de telemóveis.

No sábado, numa declaração aos jornalistas, as autoridades tinham referido que os suspeitos investigados são, na maior parte, pessoas de países do norte de África.

“A maioria deles pediram asilo político e [são] pessoas que estão na Alemanha ilegalmente”, referiu a polícia na declaração.

O Ministério do Interior alemão tinha anunciado na sexta-feira a identificação de 31 suspeitos a ser investigados pela onda de agressões e roubos verificada na cidade de Colónia, 18 dos quais eram requerentes de asilo.

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Nesse dia, a polícia estadual de Colónia confirmou terem sido feitas 121 queixas de agressão, baseadas em relatos de alegados raptos e atos de agressão sexual, no que foi aparentemente uma vaga de ataques coordenados numa grande multidão que se juntou na rua para celebrar a chegada do novo ano, a 31 de dezembro.

As vítimas dos ataques apontaram homens “de aparência árabe ou do norte de África” como os autores, dando origem a um debate aceso sobre a capacidade de a Alemanha integrar os quase 1,1 milhões de refugiados que procuraram o país em busca de asilo no último ano.

A polícia tinha registado mais de 120 queixas apresentadas por mulheres sobre assaltos, abusos sexuais e duas violações, alegadamente cometidos por grupos de homens jovens que se encontravam entre a multidão que comemorava a passagem de ano perto da principal estação de comboios da cidade.

Várias testemunhas relataram que grupos de 20 a 30 jovens adultos “que pareciam ser de origem árabe” cercaram e agrediram as vítimas.