A Proteção Civil acusou o grupo de caminhantes que ontem foi resgatado no Gerês de ter tido um comportamento de risco, noticiou a SIC. O grupo decidiu fazer uma caminhada na serra apesar de já serem conhecidos alertas de mau tempo – aviso laranja. A operação de resgate envolveu 70 operacionais e 22 viaturas. Sete bombeiros tiveram de ser assistidos.

“Quem vai socorrer acaba por se expor a um conjunto de risco que eventualmente podem pôr em causa a sua integridade física”, disse à SIC Marco Martins, adjunto de operações da Autoridade Nacional para a Proteção Civil. “E tem outro agravante, essas pessoas que estavam empenhadas naquela missão, não estavam disponíveis para outras [situações] que pudessem acontecer.”

Desde que foi dado o alerta ao INEM e até que os seis caminhantes estivessem a salvo passaram 12 horas, porque a zona é de muito difícil acesso. O trilho de 9,4 quilómetros, entre a Portela do Homem e as Minas dos Carris, é considerado de dificuldade média a elevada e só pode ser feito a pé, o que obrigou a que a equipa de salvamento tivesse de fazer 18 quilómetros a pé para resgatar as seis pessoas em dificuldades, sempre debaixo de chuva.

Os seis caminhantes incluíam dois grupos de três pessoas. Um grupo de três pessoas que já estava no abrigo de Minas dos Carris e um segundo grupo, com um adulto e dois elementos mais jovens, que se encontrava em dificuldades. Quando o homem de 44 anos entrou no abrigo ia desmaiando, contou um dos caminhantes do primeiro grupo. Este homem, em estado de hipotermia, teve de ser transportado numa maca de volta à Portela do Homem.

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